Ministério Público do Porto abre inquérito para apurar causas do surto de legionella

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O Ministério Público do Porto anunciou, esta quarta-feira, que abriu um inquérito para investigar as causas do surto de legionella, com origem desconhecida, e que tem afetado os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim.

O surto, que foi descoberto a 29 de outubro conforme disse Graça Freitas, diretora geral de saúde, na passada segunda-feira, já causou sete mortes entre 67 casos já diagnosticados,

No site do Ministério Público – distrital do Porto, foi publicado o comunicado: “O Ministério Público no Diap da Procuradoria da República do Porto instaurou inquérito destinado a investigar as causas do surto de legionella sucedido em concelhos do distrito do Porto, nomeadamente em Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, tendo em conta as várias mortes já noticiadas como tendo nele a sua origem”.

Das sete vítimas, uma delas habitava na Póvoa de Varzim e duas no concelho de Vila do Conde.

Esta quarta-feira, o secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, explicou que estão a ser feitas analises em diversos locais da região, para tentar determinar o foco da doença.

25 pessoas já recorreram ao Hospital da Póvoa

De acordo com fonte do hospital de Matosinhos, desde o início do surto foram tratados 36 doentes com Legionella, sendo que 18 continuam internados, 16 deles em enfermeira e dois na unidade de cuidados intermédios.

Mais a norte, no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde foram esta quarta-feira diagnosticados quatro novos casos de Legionella, elevado para 25 o número total de pessoas que recorreram a esta unidade devido à doença.

Segundo fonte do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, os quatro novos casos referem-se a três habitantes de Vila do Conde e um outro da Póvoa de Varzim, que necessitaram de internamento, elevando para 16 o número de doentes que estão na unidade.

No total, desde 30 de outubro, segundo a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), estes dois hospitais da região Norte já receberam 61 pessoas com Legionella, sendo que 36 continuam internadas.
Também no Hospital de São João, no Porto, estão internados seis doentes com Legionella, dois dos quais em cuidados intensivos, confirmou hoje fonte desta unidade hospitalar.

A doença do legionário é uma forma de pneumonia grave, provocada pela bactéria ‘Legionella Pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares, que, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo.