As estruturas do Bloco de Esquerda de Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Matosinhos, emitiram um comunicado conjunto exigindo do governo respostas concretas acerca do surto de legionela na região.
Lembram que o Ministério Público abriu um inquérito para investigar as causas do problema mas, passado um mês, ainda não são conhecidas as conclusões. O partido pergunta se foram identificados os responsáveis, se continuam a haver vítimas e que esforços estão a ser feitos para prevenir a contaminação das populações.
O Bloco quer também saber “que diligências estão a ser tomadas para indemnizar as vítimas e suas famílias”, questionam.
“A 27 de novembro um novo caso foi detetado, acrescentando dúvidas e o regresso da insegurança, correndo-se o risco da culpa morrer solteira e desse modo, as vítimas ficarem sem o reparo que têm direito”, lê-se na nota do BE.
Os esquerdistas mencionam que, na semana passada, as autoridades de saúde confirmaram que foi detetada a presença da bactéria numa das torres de refrigeração do centro de distribuição da empresa Longa Vida, em Perafita, Matosinhos. Entretanto, a empresa informou que tinha desligado preventivamente o equipamento, no dia 10 de novembro, mas também afirmou que não recebeu informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria nas torres de refrigeração e a origem do surto. “E mesmo após este anúncio da empresa, têm aparecido mais casos, já depois de as torres de refrigeração terem sido encerradas e voltado a funcionar”, diz o Bloco.
Desde 29 de outubro, a doença dos legionários foi diagnosticada a 88 pessoas na região e fez uma dezena de mortes.