As colaboradoras do serviço de apoio domiciliário da Beneficente também vestiram esta semana a Camisola Poveira para lembrar e reforçar “as raízes do nosso povo”, afirmaram.
A foto foi partilhada na rede social pelas colaboradoras da instituição. Esta foi a forma de valorizar e preservar a tradicional peça de vestuário local e sentir a Póvoa de Varzim, após a polémica gerada pela estilista norte-americana Tory Burch, ao criar uma cópia da indumentária que estava a percorrer o mundo.
Entretanto, está prevista a criação de um centro de formação de artesanato dedicado à profissionalização da confeção da Camisola Poveira, a instalar no Centro Empresarial da Póvoa de Varzim, junto à central de camionagem. Este é um dos objetivos da autarquia, como resposta ao aumento da procura da peça de vestuário.
Numa reação pronta e célere, a Câmara da Póvoa de Varzim, através do seu presidente Aires Pereira, fez saber que em causa estava a “defesa da honra do património imaterial e identidade comunitária que orgulhosamente representa” e fez de imediato à estilista várias exigências, entre as quais que “a produção e confeção de um novo modelo ou versão da camisola ou de qualquer outro item ou peça de roupa/vestuário com símbolos, referências ou inspirações na cultura poveira, que a empresa Tory Burch pretenda comercializar de futuro, deve ser obrigatoriamente feito em Portugal, pelos artesãos locais radicados na Póvoa de Varzim”.