Rio Ave em “momento zero” precisa de “desprendimento emocional” para vencer derradeiro embate

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Miguel Cardoso olha para a última ronda da liga como uma verdadeira tábua rasa: o que está para trás não interessa. A receita para levar de vencida o Nacional, já despromovido, passa por encarar esse embate na Madeira como o “momento zero”, disse esta terça-feira o treinador na conferência de antevisão. O Rio Ave tenta confirmar a permanência na primeira liga e, para tal, precisará sempre de vencer. A partida é na quarta às 20h.

“Temos consciência que podíamos estar numa situação distinta, mas também não adianta nada falar dos porquês, dado que o passado não conta para nada. Estamos no momento zero. Aquilo que podemos fazer é o futuro e não senti ninguém agarrado ao passado, pelo que todo este foco tem de nos trazer a energia certa, na certeza que o desprendimento emocional é fundamental e é o nosso ponto de partida para a esperada conquista”, vincou.

“Iniciei a preparação desde jogo com um sentimento desagradável, porque tinha a certeza que toda a gente queria ajudar, mas tal não é possível porque nem todos podem jogar. No entanto, queria que todos percebessem que o espírito de quem vai lá para dentro é igual a quem está cá fora e senti uma vontade enorme de todos em estar lá dentro. Também é por aí que a família vai toda à Madeira, mesmo os jogadores lesionados. É fundamental unir os corações em torno de um propósito, até porque, como acontece sempre nestas circunstâncias, este vai ser um jogo até ao último minuto”.

O técnico não antevê facilidades apesar do adversário já ter destino traçado: “Estamos desconfortáveis e sacudir esse desconforto implica lutar connosco frente a um Nacional que espero no limite, nada menos do que isso. O nosso adversário teve as mesmas oportunidades de chegar ao objetivo e é orientado por um treinador cujo trajeto respeito imenso, mas aquilo que verdadeiramente me preocupa é como nos podem levar ao limite”.

Contas da permanência
Para ficar na liga, o Rio Ave precisa de vencer e esperar que o Portimonense perca (vila-condenses têm vantagem no confronto direto) ou o Boavista não ganhe. Neste caso, entre o Rio Ave e os axadrezados, e tendo a mesma diferença de golos marcados e sofridos, aplica-se o desempate pelo “maior número de golos marcados no estádio do adversário, nos jogos que realizaram entre si”, com vantagem para os rioavistas.

Se Rio Ave ficar em 16º, irá disputar um playoff com o 3º classificado da segunda liga.

Foto arquivo