Contas de 2020 da Câmara da Póvoa com maior poupança dos últimos anos

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Na reunião de Câmara de terça-feira foi aprovado por unanimidade o relatório de Gestão e Contas de 2020. Segundo o presidente da autarquia, o documento reflete a maior poupança dos últimos quatro anos, com um saldo positivo de 11 milhões de euros na diferença entre a despesa e a receita. Isso permitiu “aumentar muito” a capacidade de investimento do município.

Aires Pereira deu nota de uma execução da receita na ordem dos 86%, ou seja, do total de 64 milhões de euros previstos, foram executados 55 milhões. Olhando aos principais investimentos, a execução foi de cerca de 18 milhões ou 78%.

Já a despesa corrente teve uma poupança de 13%, nomeadamente na aquisição de bens e serviços, o que se traduziu numa redução superior a 4 milhões de euros.

O edil diz que o documento “é demonstrativo da capacidade de endividamento” do município na ordem dos 45 milhões de euros, sendo que, nesta altura, a dívida total é de 18.6 milhões. “Isso quer dizer que a Póvoa se encontra numa situação saudável e com contas consistentes”, resumiu.

A terminar, ressalvou que a certificação legal das contas aprovou “sem reservas” os números do município, mesmo num ano de pandemia e em que se deu “a migração de toda a nossa contabilidade para o novo sistema de contas públicas”.

PS fala em município “equilibrado” e com “boa gestão” financeira

Do lado da oposição, representada pelo PS, José Milhazes justificou o voto favorável no Relatório e Contas. “Os números estão certos”, disse, lembrando que “a receita corrente esteve acima do que foi orçamentado em 6%” e que “o município tem executado obra”. Também a taxa de execução da despesa de capital foi de 72%, “o que nos apraz registar”, elogiou.

Sobre a despesa corrente, teve isto a dizer: “O ano passado alertámos que a Câmara estava a entrar numa subida muito acentuada, mas agora isso não se verificou”. Já a receita corrente subiu 5 milhões de euros em cinco anos, ou 12%, o que é “excelente” e “só temos de ficar satisfeitos”.

É verdade que houve gastos excecionais com a covid-19, mas de qualquer forma a despesa registou um “decréscimo significativo” em 2020. “Por isso mesmo é que a poupança corrente também foi a mais elevada dos últimos cinco anos”, sustentou.

O município está “equilibrado” e com “boa gestão” financeira. “É isso que pretendemos e é esse o caminho da sustentabilidade”, sublinhou o vereador socialista.