O candidato da CDU à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim apontou deficiências na rede de transportes e no plano de habitação social no concelho, durante o comício que a força política realizou na tarde de sábado, na Praça do Almada, e no qual reuniu mais de 100 pessoas.
Jorge Machado sublinhou que “a nossa campanha está a crescer e o caminho para a conquista de um lugar na Câmara Municipal está mais próximo”.
O comunista afirmou que “o candidato do PSD à Câmara Municipal sobre a questão dos transportes pediu a área metropolitana do Porto a resolução do problema. A AMP nada fez, não lançou concurso, e a CM ficou à espera. Para a CDU esse não pode ser o caminho. A Câmara Municipal da Póvoa, em articulação com a Câmara Municipal de Vila do Conde, deve promover soluções de mobilidade que permitam as ligações das freguesias às sedes de concelho”.
Quanto à habitação, Jorge Machado declarou que “na Póvoa não podemos ficar reféns da especulação imobiliária. Há necessidade de habitação social que é um problema que precisa de uma resposta urgente”, e que a Câmara “após décadas sem construir uma única habitação social ou habitação a custo controlado, apresentou uma proposta que, pecando por tardia, ainda por cima é claramente insuficiente face às necessidades”.
Jorge Machado, assegurou ainda que “após décadas sem um grande investimento no hospital, foi a CDU na Assembleia da República quem garantiu uma verba de 7 milhões de euros para construir uma nova ala do hospital que será determinante para o futuro deste importantíssimo equipamento público e irá melhorar e muito o serviço que é prestado aos poveiros.
Por sua vez, João Martins, número 1 da CDU à Assembleia Municipal lembrou que este órgão “é composto por 34 deputados, dos quais 23 são do PSD”. “Trata-se, como podem imaginar de um cenário difícil para a oposição, nomeadamente para fazer aprovar propostas ou influenciar orçamentos e políticas de esquerda”, e acrescentou que “por isso, é fundamental o reforço dos eleitos da CDU nestas próximas eleições”.
João Martins quer “uma Póvoa com uma identidade própria e que nunca viveu na sombra do Porto, nunca fomos um dormitório, nem pretendemos vir a sê-lo, mas temos de cativar novas pessoas para virem viver para a Póvoa e novas empresas para cá se instalarem”, e esclareceu que “É bom viver aqui, mas podia ser muito melhor”.