Segundo o Público, a Câmara Municipal de Vila do Conde vai recorrer a uma auditoria externa às contas do município, relativas ao mandato de Elisa Ferraz.
Com isto, esta quarta-feira, durante a reunião de câmara, o presidente vai comunicar ao executivo a necessidade de pedir um empréstimo à banca no valor de 5 milhões de euros de maneira a realizar as promessas feitas, diz o mesmo jornal.
“Fomos surpreendidos com o empolamento da receita, nomeadamente dos fundos comunitários, em que tinham sido previstos 10 milhões de euros que estavam inscritos como receitas mas, afinal, apenas constam três milhões de euros. Há aqui um défice de sete milhões de euros”, afirmou Vítor Costa, ao jornal Público.
Com apenas 7 milhões de euros de saldo e um valor de 20 milhões a ser necessário para cumprir compromissos financeiros a transitar para o próximo ano, apresenta-se um défice de 13 milhões de euros “que vamos ter de pagar sem qualquer tipo de receita”. O município terá de fazer “um esforço muito grande para obtermos receitas extraordinárias, nomeadamente através dos fundos comunitários”, continuou o autarca.
No entanto, o autarca do PS garante que a “Câmara, como pessoa de bem, vai assumir os compromissos que fez”.
A auditoria vai ser entregue a uma “empresa conceituada”, segundo Vítor Costa, que reforça que esta será feita “sem filtros”.
As aquisições de bens e serviços no valor cerca de 21 milhões de euros, feitas por Elisa Ferraz em 2020, são uma das maiores preocupações do atual presidente.
O jornal Público diz que a anterior autarca desmente “qualquer empolamento nas contas” durante a sua gestão, relembrando que o orçamento de 2021 foi aprovado pela Câmara e pela Assembleia. Elisa Ferraz afirma ainda que, sob a sua gestão, o Município “pagou sempre a ponto” e que “transitamos com um saldo de caixa entre 9 a 10 milhões de euros”.
Vítor Costa, dará uma conferência de imprensa já esta quinta-feira, pelas 09h30, no Centro de Memória, onde irá abordar o assunto em questão.