Empréstimos Entre Particulares: São Seguros? Quais as Alternativas?

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Os empréstimos entre particulares têm vários riscos associados. Mas existem formas de conseguir financiamento seguro antes de pedir dinheiro a particulares.

Deparou-se com uma despesa urgente e inesperada e não tem o capital necessário para lhe dar resposta?

A necessidade de financiamento rápido leva muitos portugueses a procurar pessoas a quem pedir dinheiro emprestado, evitando deste modo a alternativa dos créditos bancários.

Muitas vezes, olham para esta opção como a única viável para evitar mais dívidas ou o risco de incumprimento, que recentemente atingiu valores animadores.

Mas serão os empréstimos entre particulares uma boa ideia?

Infelizmente, os empréstimos particulares estão muitas vezes associados a esquemas de burlas que lesam quem mais precisa do dinheiro. Neste sentido, acarretam inúmeros perigos e deve evitá-los a todo o custo.

Como Funcionam os Empréstimos Entre Particulares?

Se pensa que empréstimos entre particulares se limitam a amigos e familiares, desengane-se.

Na realidade, há mesmo quem empreste dinheiro a particulares e se dedique ao negócio da concessão de crédito particular como se de uma profissão se tratasse.

Assim, os empréstimos entre particulares podem definir-se como financiamentos feitos por pessoas particulares e independentes, sem a intervenção de qualquer instituição financeira autorizada pelo Banco de Portugal para o efeito.

Não se tratando de entidades devidamente autorizadas, não existe também qualquer regulação à sua atuação. Ou seja, as regras são definidas pelos intervenientes no empréstimo.

Naturalmente o maior poder negocial recai sobre quem empresta, que muitas vezes se aproveita da situação de ansiedade e fragilidade de quem procura o capital.

Quais São os Riscos?

Não havendo forma de regular estes negócios, é normal que tenham vários riscos associados.

O principal problema destes empréstimos é a ausência de regulamentação, o que faz com que não sejam minimamente seguros para os devedores. Sem regulamentação, não existe qualquer tipo de salvaguarda ou mecanismo de proteção.

Outro perigo destes financiamentos são os esquemas de burla. O mais frequente está associado a taxas de processamento fictícias. O financiamento nunca chega a ser concedido e o burlão fica com o valor da “taxa”.

Por fim, existe o risco das taxas de juro abusivas. É que nos empréstimos entre particulares não existe limite máximo para as taxas de juro. O credor, desta forma, pode definir juros altíssimos, conforme entender.

Quais São as Alternativas?

Existem opções bastante mais seguras e legais no mercado, pelo que não vale a pena correr o risco inerente aos empréstimos entre particulares.

A mais simples talvez seja um cartão de crédito. Dependendo da finalidade do dinheiro e do valor pretendido, esta poderá ser uma alternativa a considerar.

Depois de definido o plafond, pode gastar até atingir esse valor. Tal como acontece com qualquer financiamento, fica obrigado a reembolsar o dinheiro gasto.

No entanto, se precisar de um empréstimo mais avultado, então poderá avaliar a ideia de pedir crédito pessoal. Os critérios de avaliação serão justos, existe regulamentação e terá certamente condições mais vantajosas e equilibradas do que no caso dos empréstimos particulares.

Por último, na eventualidade de precisar de capital por não ter capacidade para pagar as prestações dos seus créditos, deve ponderar pedir um crédito consolidado. A consolidação de créditos permite juntar os seus financiamentos num só e poupar até 60%.