Assembleia Municipal de Vila do Conde aprova redução da fatura da água

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Por maioria, 32 votos a favor, 15 contra e uma abstenção, foi aprovado na Assembleia Municipal, na noite de quinta-feira, o novo regime de tarifário da água em Vila do Conde. A nova adenda, a quarta ao contrato entre a Câmara Municipal e a empresa Indaqua, entra em vigor com a fatura do mês de dezembro.

A redução será “em cerca de 35%, cerca de 12 euros/mês 33 consumidores vilacondenses que consumam por mês até 10 metros cúbicos”, assegurou Vitor Costa, presidente da Câmara. Com esta medida, o autarca esclarece que o município deixa de ter uma das tarifas de água mais caras do país.

Entre os votos a favor da medida proposta pelo executivo estão os deputados da bancada do PS e a maioria dos presidentes de junta, enquanto, os deputados do movimento NAU e do PSD votaram contra a proposta, alegando entre outros argumentos, quanto ao endividamento do município, que ao renegociar com a Indaqua, aumentou em mais 10 anos a concessão a favor da empresa, que só irá terminar em 2058, como também o aumento do tarifário para a indústria, na ordem dos 4%.

Câmara vai pagar rega e abdica de 20 mil euros de renda

Também, para a concretização deste acordo, a Câmara vai abdicar de 20 mil euros de renda mensal, que recebia da Indaqua, para o qual Vitor Costa explica que “vale a pena este esforço em prol dos vilacondenses”, como também a autarquia irá pagar a rega ao contrário do que fazia até agora, que a utilizava de forma gratuita.

Na altura do anúncio deste acordo, no mês de junho, o edil, explicou que as negociações com a concessionária Indaqua “decorreram durante seis meses” que caracterizou de “duros, mas leais”. Vitor Costa disse, ainda, que “não me encontro totalmente satisfeito, mas o prometido foi cumprido”, ao recordar que Vila do Conde estava no pódio da tarifa da água mais cara do país, e “espero que com este acordo, Vila do Conde saia deste malfado ranking nacional”.

Empresas em Vila do Conde vão continuar a pagar taxa de derrama

Na sessão da Assembleia Municipal, os deputados aprovaram também por maioria a taxa da derrama, que incide sobre os lucros das empresas. Neste ponto, 42 deputados votaram a favor da proposta do executivo, onde se incluem os socialistas e elementos da NAU, 5 votaram contra, entre eles os deputados do PSD, e foi registada uma abstenção.