Ratense pede aos políticos do município de Barcelos para acabarem com mau cheiro do aterro de Paradela

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Um habitante da vila de S. Pedro de Rates manifestou a sua insatisfação na sexta-feira durante o período dedicado ao público na Assembleia Municipal de Barcelos, quanto ao mau cheiro provocado pelo aterro da Resulima, infraestrutura instalada este ano em Paradela, na fronteira com as freguesias poveiras de Rates e Laúndos.

No sábado, a junta de freguesia de S. Pedro de Rates divulgou que foi realizada por António Mariz mais uma ação de defesa das populações afetadas pelo mau cheiro do aterro. O habitante da vila alertou para o “grave problema que está a ocorrer na freguesia de Paradela e que afeta não só esta, como também as freguesias de Barqueiros e Cristelo (Barcelos), assim como as freguesias de outros concelhos vizinhos, tais como Apúlia (Esposende), Estela, Laúndos e Rates”.

Na sua intervenção, António Mariz, lembrou que “desde fevereiro que o Aterro Sanitário instalado em Paradela e operado pela Resulima está a provocar maus cheiros, tendo as populações das freguesias em redor se manifestado sob várias formas. Há dias em que o cheiro é tão insuportável que não se podem abrir as janelas das casas, colocar roupas a secar, ou fazer a vida normal”.

Mais de 11 mil pessoas afetadas

E explicou que o comportamento da Resulima “prejudica gravemente o bem-estar das populações locais. Se somarmos o número de habitantes das freguesias atrás enunciadas estamos a falar de mais de 11.000 pessoas, num território onde existem milhares de casas, escolas primárias, centros sociais, comércio e serviços e zonas industriais em franca expansão. É o equivalente a prejudicarmos uma cidade inteira onde por força das circunstâncias a qualidade de vida dos cidadãos retrocedeu no tempo, somando-se a desvalorização das propriedades e do seu território”, clarificou.

Aos autarcas barcelenses, o cidadão ratense vincou que “urge que esta Assembleia e esta Câmara Municipal (Barcelos) se mobilizem em torno deste problema, no sentido de forçar a Resulima a corrigir os maus odores e o cumprimento das regras ambientais, sob pena das populações voltarem a manifestar-se com mais intensidade para forçarem o encerramento deste Aterro. Relembro aqui o trágico episódio de Barqueiros por causa da exploração dos Caulinos. Não queremos que esses tempos regressem”.

E terminou com a esperança “que a minha intervenção será atendida, para o bem das populações de Barcelos, Esposende e da Póvoa de Varzim”.