Câmara da Póvoa critica posição da CCDR-N sobre aterro de Paradela e avança para Tribunal

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A Câmara da Póvoa fez saber esta quinta-feira através de um comunicado, que recebeu “com elevado nível de estupefação” a notícia de que a Comissão de Coordenação e de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) informou que “estão reunidas as condições” para a emissão das licenças de exploração do aterro de Paradela, Barcelos.

Recorde-se desde o início da atividade do aterro, o mesmo tem sido alvo de contestação das populações das freguesias de Rates e Laúndos, pela emissão de maus cheiros.

Na reação da autarquia poveira, liderada por Aires Pereira, pode ler-se que a informação da CCDR-N surgiu “após o término do prazo definido para a implementação das medidas corretivas adicionais pela empresa, no âmbito do controlo de odores, estabelecidas aquando da vistoria realizada a 29 de março de 2022”, como também surge “após várias tentativas goradas, por parte do Município da Póvoa de Varzim, de fazer valer o interesse das populações das freguesias de Laúndos e de São Pedro de Rates junto desta mesma entidade”.

Para a Câmara da Póvoa, “não se compreende, que venha agora a CCDR-N, um ano após o início de atividade e em que foram sucessivamente ignoradas todas as reclamações, comunicar que “estão reunidas as condições” para a emissão das licenças de exploração, ainda em falta”

E insiste que também “não se compreende, ainda, que a CCDR-N, neste anúncio público, contradiga o transmitido um dia antes, por escrito, pela sua própria Diretora dos Serviços de Fiscalização, que reconheceu “que o incómodo ainda se verificará”, assumindo como necessário “um estudo de avaliação de medidas adicionais a levar a efeito”.

O comunicado da autarquia poveira termina que “face à decisão de atribuir as licenças definitivas de exploração, à revelia da realidade, nada mais resta de que não seja conduzir o processo pelas vias judiciais, tendo em vista a correção das anomalias verificadas e sentidas por todos”.