Uma rúbrica mensal, que chega aos leitores na 1.ª publicação física de cada mês, no jornal MAIS/Semanário. Obtém aqui informação fiscal, financeira, apoios e incentivos, e contabilística. O conhecimento é o melhor aliado do empresário.A DOURADOTOC apresenta-lhe mais uma rúbrica do “O Cantinho do Empresário”.A informação é muito sintetizada, mas o objetivo fica cumprido! O conhecimento vai-lhe permitir questionar o seu contabilista certificado ou procurar o mais indicado para o seu negócio.
ESTÁ NA HORA DE SE REUNIR COM O SEU CONTABILISTA ANTES DE FECHAR AS CONTAS DA SUA EMPRESA! UM DOS TEMAS DEVE SER O PLANEAMENTO DO FECHO DAS CONTAS COM IMPLICAÇÃO EM POUPANÇAS FISCAIS. QUAL A IMPORTÂNCIA E COMO O FAZER! ABAIXO PARTILHAMOS O QUE SIGNIFICA PLANEAR E DAMOS CONTA DE ALGUNS BENEFÍCIOS FISCAIS
É fundamental estabelecer um bom nível de comunicação com o contabilista certificado da sua empresa. É nesta altura do ano que as contas das empresas são fechadas e NUNCA devem ser fechadas sem partilharem e debaterem os acontecimentos passados que se refletem nas contas da empresa e planear os futuros.
DICAS:
1. Percorrer cada rubrica de gastos: Determinados encargos suportados ou efetuados são objeto de tributação autónoma (e muitas vezes poderia poupar bastante dinheiro com a estratégia certa), como:
a. Encargos com viaturas (ligeiras, híbridas, elétricas) – A aplicação das taxas poderá ser diminuída em determinadas situações e/ou depender de algumas condições, sendo uma delas qual o valor de aquisição!
b. Despesas de representação versus despesas de deslocação – Qual a diferença? Representação tem um imposto de 10%, de deslocação não.
c. Despesas não documentadas e despesas não devidamente documentadas. Há faturas que as perdeu? Não entregou ao seu contabilista? Vale a pensa investir tempo e pedir 2.ª via de faturas. Sabia que tem tributação autónoma entre 50% e 70% e, respetivamente, não são aceites fiscalmente?
d. Ajudas de custo e compensação por deslocações em viatura própria. Tem uma tributação de 5%, mas sabia que pode não ser tributado, bastando apenas discriminar nas suas faturas ao seu cliente este custo?
Procure saber melhor sobre este tema! Vale muito a pena.
2. Perceber se todos os gastos incorridos estão contabilizados nas rubricas corretas – muitas vezes investimentos (ativos) feitos são tratados como gastos e vice-versa. Isto faz toda a diferença no resultado final da empresa. Pode reverter os resultados apresentados (passar de prejuízo para lucro) e até mesmo servir para aplicar benefícios fiscais como: IFR (Incentivo fiscal à recuperação), DLRR (Dedução sobre os Lucros Retidos e Reinvestidos).
3. Analisar o capital próprio da empresa e as vantagens no aumento do capital social. Não pode ser descurada esta parte! Ter um capital próprio saudável, um capital social credível, demonstrar aos vários stackholders a saúde da sua empresa é um passo gigante para se afirmar no mercado. E sabia que tens benefícios fiscais aumentar o capital social? Ainda vai a tempo de fazer esse aumento até 31/03/2023 e ter impacto na redução do seu IRC do ano de 2022. O benefício fiscal chama-se Remuneração Convencional do Capital Social.
4. Gastos incorridos que tem majoração e que diminuem o lucro sujeito a tributação (poupança de IRC):
a. Podem ser majorados em 20% os gastos incorridos/suportados referentes a consumos de eletricidade e gás natural na parte que excedam os do período de tributação anterior. Aplicável para sujeitos passivos de IRC e de IRS com contabilidade organizada). Majoração aplicável ao período de tributação de 2022. Atenção já neste fecho de contas de 2022.
b. Donativos – Majorações até 40%. Peça um resumo ao seu CC das percentagens de majoração, por tipo de donativo (Social, Cultural, Desportivo ou Educacional). Está a ajudar e pode poupar!
c. Consumos com aquisição de combustíveis para abastecimento de veículos de transporte rodoviário de passageiros e mercadorias -Majoração nestes gastos de 20%.
Pense nisso. “Gestão é simultaneamente arte e ciência”.
“Patrícia Dourado – O Cantinho do Empresário”