A criação de um centro de formação de artesanato dedicado à profissionalização da confeção da Camisola Poveira, a instalar no Centro Empresarial da Póvoa de Varzim, junto à central de camionagem, é um dos propósitos da autarquia. O espaço deve ser “financiado por parte da empresa Tory Burch, em termos e condições a definir”. Esta foi uma das condições exigidas pela edilidade à estilista norte-americana pela utilização indevida da peça de vestuário da cultura poveira.
A polémica da criação de uma peça de vestuário produzida pela estilista norte-americana Tory Burch, ganhou uma dimensão mundial depois dos alertas e artigos publicados a meio da semana passada. As redes sociais e a internet trouxeram até aos poveiros a cópia do trabalho, e estes indignaram-se e responderam com milhares de comentários que chegaram a muitos lugares do planeta.
Numa reação pronta e célere, a Câmara da Póvoa de Varzim, através do seu presidente Aires Pereira, fez saber que em causa estava a “defesa da honra do património imaterial e identidade comunitária que orgulhosa-mente representa” e fez de imediato à estilista várias exigências, entre as quais que “a produção e confeção de um novo modelo ou versão da camisola ou de qualquer outro item ou peça de roupa/vestuário com símbolos, referências ou inspirações na cultura poveira, que a empresa Tory Burch pretenda comercializar de futuro, deve ser obrigatoriamente feito em Portugal, pelos artesãos locais radicados na Póvoa de Varzim”.
Para isto, a autarquia obriga a que o “financiamento por parte da empresa Tory Burch, em termos e condições a definir, da criação de um centro de formação de artesanato dedicado à profissionalização da confeção da Camisola Poveira, cuja instalação terá lugar no Centro Empresarial da Póvoa de Varzim.