Delegação de Saúde e Proteção Civil do Porto suspendem mercado do Gado e dirigente da Leicar aceita com criticas a entidades

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O Delegado de Saúde de Vila do Conde e Póvoa de Varzim determinou este domingo a “suspensão imediata do mercado de gado” agendada pela Leicar para o dia de segunda-feira, 30 de março, nas instalações da cooperativa, localizada na vila de S. Pedro de Rates.

Luís Castro, delegado de Saúde dos dois concelhos, emitiu um auto de notificação ao presidente da Leicar, Rui Sousa, enviado por via eletrónica onde justifica “o grave risco para a saúde pública” a realização do mercado de Gado.

A notificação do Delegado de Saúde, a qual o MAIS/Semanário teve acesso, foi também “comunicada às Autoridades Civis e Policiais do município da Póvoa de Varzim”, e na qual é alertado o presidente da Leicar que “o seu não cumprimento fa-lo-á incorrer em responsabilidade criminal”.

Também Marco Martins, presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto, decidiu proibir a realização do leilão do “mercado leicar” e determinou que “a GNR faça a vigilância ao local e respetivos acessos”.

Leicar suspende mas critica entidades

Perante os desenvolvimentos, a Leicar, ao início da noite, confirmou que decidiu suspender o mercado de gado, embora deixando críticas à forma como as entidades competentes lidaram com o assunto.
“Numa postura de bom senso, e para não alimentar mais o ‘circo mediático’ que se instalou, decidimos não realizar o mercado. Mas é ridículo ver que ninguém se preocupou em contactar-nos para perceber como estávamos a preparar a iniciativa”, disse Rui Sousa, presidente do Associação de Produtores de Leite e Carne.

O dirigente considerou que a medida “deixa os agricultores altamente prejudicados”, e questionou “a coerência das entidades em proibirem este evento da Leicar, mas a manterem em funcionamento mercados abastecedores e municipais ou as lotes de peixe”.