Há uns dias, em conversa telefónica, ouvi a referência ao nome masculino Crespim, nada vulgar, pelo menos, nos meus contactos.
Ocorreu-me, logo, relembrar os nomes escolhidos nos registos de nascimentos em Argivai, pois tinha ideia de que já tinha lido esse nome, algures.
Decidi, então, regressar ao Estudo Demográfico (1849-1872) realizado por mim, em tempos.
Primeiramente, atentei na escolha dos nomes masculinos.
Entre os anos de 1849 e 1872, os recém-nascidos detinham, no topo da tabela, os nomes: José, por vinte e seis vezes; seguido de Manuel, por vinte e duas vezes; António, por treze vezes; Joaquim, por dez vezes; Albino, por quatro vezes; Marcelino e João Ventura por três; Lino e Domingos por duas vezes; e, por uma vez, cada um: Jerónimo, João Carlos, Bernardino, João Evangelista, Justino, Luís, César Augusto, Alfredo, Alberto, Alexandrino, Romão, Emílio e, claro está, Crespim.
Já de nomes femininos, até hoje, que me lembre, o nome mais curioso que ouvi foi o de uma senhora de Trás-os-Montes, que se chamava Umbelina.
Atentemos então, também, nos nomes femininos de Argivai, na época em estudo. No topo da tabela: Maria, nome escolhido por vinte e seis vezes; Ana, por vinte e uma vezes; Florinda, Emília, Rosa, por quatro vezes, cada uma; Marcelina e Teresa, por três vezes; por duas vezes, Felicidade e Metildes; já por uma vez cada uma, temos os seguintes nomes: Maria Albina, Corina, Urbana, Angelina, Antónia, Bernardina, Amélia, Deolinda, Maria das Neves, Albina Rosa, Amália do Sacramento, Joana, Felisbela, Maria da Conceição, Catarina, Carolina, Ledovina, Ludovina e Porcina.
Assim, nome a nome, palavra a palavra, vai-se conhecendo mais de um passado comum. E tanto há, ainda, por saber…