O coro Capela Marta celebra hoje, 19 de março, 69 anos de vida. Devido à prevenção do coronavírus, todas as atividades agendadas pelo grupo ficaram sem efeito, incluindo a festa de aniversário. A gala, que já havia sido remarcada para 6 de junho, ainda está de pé até indicação em contrário.
As decisões foram tomadas no último sábado, data em que também foram eleitos os corpos sociais liderados por João Magalhães. Nesse mesmo dia foi igualmente aprovado em assembleia geral o prolongamento do mandato de dois para quatro anos, tal como foram aprovadas as contas de 2019.
Como objetivos para este exercício, João Magalhães quer expandir e melhorar as condições da sede e renovar a imagem do grupo, nomeadamente a sua indumentária a nível de coro. Por último, e ainda mais importante, é a criação de uma escola de canto dirigida a crianças “para dar continuidade futura à Capela Marta”, disse. “Este é um passo que tem de ser dado com grande ponderação e sem precipitações. Mas estamos a trabalhar para isso. Não há garantia mas é um objetivo a médio prazo e vamos a ver se conseguimos ainda este mandato”.
Sobre a gala, que ainda se encontra marcada para dia 6 de junho, esta responde a três grandes objetivos, explica o presidente João Magalhães: “Valorizar aquilo que herdámos dos nossos antecessores desde o início da associação; Transmitir às gerações futuras o que é a Capela Marta; Homenagear todos aqueles que de alguma forma têm nos ajudado a crescer (pessoas diretamente ligadas ou grupo ou não)”.
Aniversário em duplicado
Todos os anos, no aniversário da Capela Marta, realizam-se duas festas em separado. Uma da própria associação, a ‘oficial’, digamos assim, e outra de um grupo de amigos que se autointitulam fundadores da Capela Marta. Ora, João Magalhães não compreende porque é que isto acontece. “Eles são convidados por nós a estarem presentes na festa da associação”. E depois, “eles intitulam-se fundadores, mas fundador há só um, que é o Antoninho Marques. Eles, no máximo, eram membros que pertenciam ao coro na altura da fundação. Eram crianças na altura. Como é que uma criança com 10 ou 12 anos pode fundar seja o que for? Eles têm o direito de festejar o que quiserem, e de se encontrarem como antigos elementos, mas nunca como fundadores. Não faz sentido. Não consigo decifrar qual a intenção. Podiam-se juntar a nós, cantávamos todos juntos e era bonito. E não deram razão nenhuma para não o fazerem”, afirma.
“Deixei de ir ao café e aos restaurantes”
João Magalhães partilhou a opinião acerca do assunto do momento: a Covid-19. Considera que o vírus é grave e critica as pessoas que adotam uma posição extremista de ambos lados, ou seja, demasiado pânico e demasiada descontração.
“É com certeza um problema grave. Temos o pânico exagerado das pessoas que correm aos supermercados e açambarcam as coisas e não há necessidade. E depois também há a incúria daqueles que até para a praia vão. Falta educação cívica. Eu, por mim, que não estou em pânico, deixei de ir tomar café fora e não vou a restaurantes. Quando saio para ir fazer compras a um hipermercado, procuro ir numa hora em que haja menos movimento. Evito estar em contacto com muita gente. Acho que há muita falta de bom senso por parte de maioria dos portugueses, mesmo os nossos governantes. Mas isto vai passar”, garante.