Jorge Silva deseja que a Póvoa “cresça e evolua com os seus cidadãos”

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Na segunda parte da entrevista com o poveiro Jorge Silva, o bastonário aborda a situação atual do país e da Póvoa de Varzim no que concerne aos aspetos relacionados com a profissão, e na perspetiva do cargo que exerce na Ordem dos Notários. A compra e venda de habitações e a forma como são agilizados os requisitos para ser notário são dois dos temas que o poveiro desenvolve.

Na perspetiva do Bastonário da Ordem dos Notários, que análise faz do país e da Póvoa de Varzim na vertente de vários setores?

Portugal está numa encruzilhada de crescimento. Viemos de uma crise muito grande, conseguimos finalmente começar a ter algum crescimento muito apoiado no turismo e também no empreendedorismo daquilo que os portugueses fizeram, mas também muito apoiado naquilo que os imigrantes fizeram. Por vezes nós desvalorizamos, mas temos imigrantes de várias naturezas. A primeira onda de imigração que recebemos no pós-crise foi uma onda de pessoas qualificadas e até com um certo rendimento económico. Hoje em dia, temos uma imigração um pouco diferente, mais vocacionada para as áreas produtivas e primárias.

Estamos a crescer economicamente, temos melhores números, mas o país precisa de decidir efetivamente em que setores da economia pretende investir. Por outro lado, temos que ser capazes, e isto é muito importante, de formar os imigrantes que chegaram ao nosso país e torná-los úteis para a nossa economia e isto não pode passar por sentimentos de exclusão desses imigrantes, tem que passar por sentimentos de inclusão desses imigrantes.

Este texto faz parte de um artigo publicado na edição de 25 de setembro, no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição papel ou na edição digital (PDF).