Proposta da UAAT para desagregar união de freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso aprovada por maioria

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Três elementos da lista independente UAAT (União das freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso), liderada por Carlos Maçães, presidente da Junta, fizeram aprovar na noite de sexta-feira em Assembleia de Freguesia extraordinária, uma proposta para “desencadear o processo à criação da Freguesia de Aver-o-Mar, da Freguesia de Amorim e da Freguesia de Terroso”.

A proposta passou com 11 votos favoráveis, quatro dos elementos da UAAT, seis do PS, e um do Chega. Votaram contra dois elementos da UAAT, entre os quais Joaquim Vianez, presidente da Assembleia de Freguesia e residente em Amorim, o qual considera um “erro histórico” reverter a situação.

Sérgio Furtado, Luís Pedro Vilar e Octávio Torres, signatários da proposta, foram também eleitos por unanimidade para a Comissão que agora terá que apresentar daqui a três meses uma proposta para a desagregação das três freguesias. Esta proposta terá de integrar entre outros aspetos em cada uma das localidades, a prestação de serviços à população; Eficácia e eficiência da gestão pública; população e história, delimitação territorial e sede; mapas da área de cada uma das freguesias; número de funcionários e inventário dos bens.

UAAT na linha da proposta apresentada pelo PSD e aprovada na Assembleia Municipal

Para a UAAT (União de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso), o facto de a Assembleia da República ter promulgado em 2021 uma lei que permite a modificação das atuais uniões de freguesias e também o facto da Assembleia Municipal da Póvoa ter aprovado uma proposta do PSD, no sentido de o concelho poveiro manter 12 freguesias, serviu de fundamento para a apresentação de uma moção que permita a desagregação da união para três futuras freguesias, como sucedeu até 2013.

Sérgio Furtado, em nome da bancada da UAAT e como um dos signatários da proposta, agradeceu aos deputados a aprovação da proposta e lembrou a necessidade de “se passar à ação”, em detrimento das palavras políticas apresentadas pelas restantes bancadas.

Para o PS “valeu a pena lutar pelos nossos”

Para o PS, Ana Rita Sencadas lembrou que “o processo de agregação mexeu com a identidade das populações. Com o princípio mais importante do poder local: a proximidade” e justificou que na última campanha autárquica “foi uma das nossas bandeiras, desamarrar as freguesias de um novo modelo que nunca quiseram”. A socialista apontou que “chegou o momento de colocarmos um fim a esta União forçada, que só contribuiu para afastar as pessoas de escolherem quem é que vai gerir os seus problemas”.

Para a deputada do PS, com a aprovação da proposta apresentada pela UAAT, “ganha a democracia local. Ganham os averomarenses. Ganham os amorinenses. Ganham os terrosenses”, terminando com a convicção de que “vale a pena lutar pelos nossos, pela nossa terra. Vale sempre a pena lutar pelo que acreditamos”.

Chega lembra que união de freguesias foi imposto pela Troika

Por sua vez, Paulo Pires, do Chega, que votou favoravelmente a proposta e a constituição da comissão, assegurou que “a minha posição ficará condicionada se a proposta final não garantir ganhos de eficiência e mais investimento para as freguesias”. O deputado do Chega lembrou que se houve agregação de freguesias “foi condição imposta pela Troika depois do Partido Socialista e o engº José Sócrates terem declarado falência do país”.