Presente, passado e futuro

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Outro dia, em conversa com uma sobrinha, falavámos sobre o presente, o passado e o futuro, tentando compreender com quais desses tempos mais nos identificamos. Ela, sem qualquer sombra de dúvida, disse que vive o presente com toda a intensidade. Já eu, com uma diferença de idade que ronda os sete anos, vivo a pensar muito no futuro.É certo que a minha formação superior e a inabalável paixão pela história, leva-me igualmente a ler e a reler o passado.

Enquanto o sol radioso e a vitamina D nos acalentava, concluímos que o excelente, seria sermos capazes de juntar os três tempos na medida certa, e seguirmos a nossa viagem de vida. Até porque estava quase na hora de fazer o almoço.

Nesta confluência de tempos encontra-se como um bom exemplo: Argivai.

Por um lado, neste presente a freguesia tem vindo a dar espaço ao urbanismo. Basta ver que são cada vez mais as pessoas que optam por viver e constituir família aqui.

Por outro lado, temos um passado de terra-mãe da cidade que é concelho, passado esse, que nos une e que brota a cada pedaço de memória. Os mais atentos darão conta desse facto, se atentarem no nome que se dá às coisas, com as diversas referências à história, como exemplo: a Ecovia de D. Sancho I, lembrando as vezes que o rei por cá passou, pernoitando junto da sua Ribeirinha, a favorita.

Por fim, um futuro que sendo pensado também para gerações vindouras possa atrair mais investimento, mais famílias, mais crescimento tentando, espero eu, não fazer perder, nunca, a identidade da própria freguesia.

Não esqueçamos, ainda, os caminheiros que dão a impressão que atravessam todos os tempos num só. Têm como companhia o Aqueduto e buscam Santiago de Compostela como viagem de vida.

E assim, o presente, o passado e o futuro regem-se pela medida certa.