A crise… E as eleições para a presidência da república

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O país e os portugueses vivem um momento difícil. Havia uma situação económica e social estável e que muito se complicou com o aparecimento da preocupante pandemia do covid-19, mas com o surgimento da vacina, há a esperança da recuperação. Há setores que foram arrasados que trouxeram um desesperado, quase dramático, empobrecimento.

O governo tem sido confrontado com enorme “contravapor”, inúmeras contrariedades e adversidades a que tem tentado dar resposta, ora resolvendo, ora mitigando, ora minimizando, como as moratórias, a “lay-off”… A oposição tem criticado bastante a governação – no seu papel -, mas o discurso de alguma, apenas e só visa os votos e a sua sobrevivência, em que o deturpar, o denegrir e aleivosia são uma constante, numa aberrante politiquice.

Aliás, Rui Rio grande defensor das finanças públicas e bem, que credibilizou e recuperou o PSD e que muito lhe choca a demagogia e a politiquice, cada vez mais pressionado e “acossado”, tem sido infeliz nalgumas considerações, que nada o ajudarão…Também alguns pivôs e comentadores incultos e – como a ignorância é e sempre foi atrevida –, irresponsáveis, procuram muitas vezes através do salto lógico, criar casos, a polémica, tratando causas sérias com leviandade, muito aumentando a instabilidade e a tensão em que se vive, aparecendo mesmo, por vezes, com o ridículo de quererem ser os detentores do saber, da verdade e julgadores/juízes.

Entretanto, Portugal terá um grande desafio ao assumir a Presidência rotativa do Conselho da União Europeia com o lema “Tempo de Agir”, com a prioridade da vacinação e da recuperação da economia. Aliás, só com a pandemia resolvida é que melhorará, consistentemente, a economia e tudo o resto…

É nesse “quadro” que se desenvolveu a campanha “tout court”, bastante atípica, sem os habituais contactos com a população, arruadas, feiras … e nada mobilizadora para a Presidência da República. As questões centrais nem sempre foram abordadas, ao contrário de outras, que foram apenas picardias e questiúnculas – com muitas acusações, provocações -, de estratégia eleitoral.

Houve, quase um vazio no plano das atribuições/funções do Presidente. OS CANDIDATOS LIGADOS A PARTIDOS, COM AS VÁRIAS VISÕES DO MUNDO E FILOSOFIAS DOUTRINÁRIAS -Mariza Matias (BE) é competente, serena, simpática e empática, João Ferreira (PC) competente e rigoroso, Tiago Mayan (IL) tem algumas qualidades, inexperiente e demagogo, Vitorino Silva (RIR) conhecido por Tino de Rans, é um “outsider” e a voz do povo anónimo e André Ventura (CHEGA) é voluntarista, populista, manipulador, agitador, e perigoso – APENAS QUISERAM MARCAR O SEU TERRENO, visando fidelizar e fixar o seu eleitorado, para uma contagem de votos.

Ana Gomes foi lançada e “empurrada” por alguns jornalistas e, tanto “empurraram”… e tanto Ana pensou …e tanto “empurraram” … que embora socialista, lá está como candidata Independente. É agressiva, “habilidosa”, matreira, pouca sensata, pouca ponderada, com muito ódio…, o que tentou esconder nos debates; é uma candidata de protesto, populista e desestabilizadora, com um perfil não consentâneo do que deve ser um Presidente da República. Embora militante do PS, os socialistas não gostam nem acreditam nela e, não terá o voto da sua esmagadora maioria. Ora até acontece, que tem usado um trocadilho sub-reptício e ela bem o sabe, quanto aos socialistas quererem votar Marcelo.

Marcelo Rebelo de Sousa que se recandidata fez um bom mandato, que só um político de exceção, como o é, faria. Nasceu para a Política, não é um político fabricado. É inteligente, lúcido, pensa rápido, competente, experiente, rigoroso, solidário e com grande credibilidade e prestígio. Não foi um Presidente de fação, mas agregador, que tem funcionado como um “pêndulo”, conseguindo consensos fundamentais. O seu Mandato foi atravessado e marcado por momentos e situações complicadas, que como garante das instituições e da ordem democrática seguiu bem de perto e com muita atenção, como foram os fogos florestais, o caso dos professores, dos camionistas, de Tancos, do SEF e a Pandemia do Covid-19. Conhece bem a realidade portuguesa, conhece “ mundo “ e tudo tem feito para manter a estabilidade política e ajudar Portugal a sair da “encruzilhada” em que se encontra; tem sido um Presidente perspicaz, de grande visão política e sabe que só não complicando o exercício da governação – que não tem andado mal – é que se conseguirá minimizar os problemas e maximizar as soluções. Assim, não está a ajudar o governo, mas a servir o interesse público, os interesses do país e dos portugueses.

Marcelo tem o apoio expresso do PSD, do CDS e implícito do PS. É minha convicção que ganhará, com alguma facilidade, à primeira volta. Mas era importante, que apesar dos condicionalismos existentes, os portugueses evitassem a abstenção e votassem.