Luís Diamantino nega queixas sobre qualidade das refeições escolares

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O Bloco de Esquerda criticou, na última sessão da Assembleia, a qualidade das refeições nas escolas do concelho. O vereador da Educação e vice-presidente da autarquia, Luís Diamantino, diz que a Câmara não recebeu queixas e a crítica “é uma questão ideológica”

Um dos pontos da Assembleia Municipal era a apreciação e votação da abertura do concurso público para o fornecimento de refeições no pré-escolar, ensino básico e ensino secundário, e também o fornecimento de lanches no pré-escolar.

Este ano, o concurso tem uma nova cláusula: a obrigatoriedade de 50% dos produtos serem adquiridos no mercado local. Esta medida foi elogiada pelos partidos.

Contudo, o Bloco de Esquerda criticou a qualidade atual das refeições nas escolas do concelho, e o PS voltou a defender que as refeições deveriam ser asseguradas por gestão direta.

Já na reunião de executivo em que a mesma medida foi aprovada, realizada a 18 de fevereiro, os vereadores do PS defenderam que as cantinas deveriam funcionar por administração direta, visto que tal permitiria “uma gestão mais direta sobre a qualidade das refeições”. Isto porque, disse na altura João Trocado, “em concurso público, o critério é o preço mais baixo e, como o preço costuma andar a par da qualidade, corremos o risco de termos ementas não tão ricas quanto poderíamos ter com administração direta”.

Questionado sobre o assunto pelos jornalistas, Luís Diamantino disse que “não há queixa alguma das direções das escolas” e que “as refeições escolares são monitorizadas todas as semanas”.

Para o autarca, o assunto da qualidade das refeições foi abordado pelos dois partidos “para chegar ao ponto que queriam chegar. É uma questão ideológica. Tem a ver com os sindicatos, com os funcionários que são contratados pelas empresas, e eles falaram essencialmente disso”.