Os alunos do 11º e 12º anos retornam às escolas para ter aulas presenciais já na próxima segunda-feira, dia 18 de maio. A medida consta do calendário de reaberturas apresentado pelo Governo no passado dia 30 de abril. O MAIS/Semanário apurou junto dos diretores das escolas secundárias poveiras as medidas que estes vão tomar no regresso
Os alunos do 11º ano só irão ter presencialmente as disciplinais não trienais, isto é, as disciplinas que acabam e que são de exame no 11º ano, como Físico-Química, Biologia, Geografia, entre outras. As restantes, como Português, Matemática A e História A, serão lecionadas no modelo já em vigor, através de aulas online. Já os alunos do 12º ano contarão com o leccionamento das disciplinas trienais presencialmente, visto serem disciplinas de exame nacional.
Para a cobertura desta logística, Albertino Cadilhe, diretor da Escola Secundária Rocha Peixoto, começa por explicar as mudanças que tiveram de fazer: “Neste momento estamos a reformular os horários para corresponder às orientações do Ministério da Educação, tendo em conta que terá de existir compatibilidade entre o ensino presencial e o ensino não presencial”. Relativamente à divisão das turmas por salas de aula, explica que: “Conforme as orientações, e considerando uma distância de 2 metros entre todos os presentes na sala de aula, cada sala comportará, no máximo, 12 alunos. Assim, para cada turma serão necessárias duas ou três salas”, conforme o número de alunos dessa turma ultrapasse ou não os 24 alunos.
Alunos e professores com máscaras
Na escola vizinha, a secundária Eça de Queirós, o diretor José Eduardo Lemos diz que estão a ser estabelecidas “algumas medidas de segurança”, como a separação de espaços, marcação de entradas e saídas em diferentes horários, uso de máscaras, afastamento mínimo de 1,5 metros, desinfeção de mãos, entre outros. Quanto aos alunos, “os do 12.º terão aulas da parte da manhã, no máximo duas manhãs por turma. Os dos 11.º terão aulas à tarde, no máximo três tardes por turma. Metade das turmas do 12.º ano inicia e termina as aulas com uma diferença de quinze minutos relativamente à outra metade. No 11.º ano acontecerá o mesmo”. Sobre a situação atual, explica que as medidas existem e vão ser aplicadas, mas têm de contar com a dedicação de todos os envolvidos: “A situação obriga a uma alteração profunda dos horários e das medidas de segurança, a qual dependerá muito da consciência ativa dos alunos, funcionários e professores”.
Sobre o regresso às aulas presenciais, o diretor da Rocha Peixoto revela que não houve, até ao momento, “manifestação de preocupação” por parte de qualquer encarregado de educação e/ou professor. No entanto, acredita que “com a sua implementação real, poderemos ser confrontados com ausências que poderão perturbar todo este processo”. Já José Lemos indica que “pontualmente os encarregados e educação e os professores manifestam algumas das preocupações que percorrem toda a sociedade”.
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