Comerciantes chineses em Vila do Conde retomam atividade após terem parado ainda antes da emergência

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A retoma é gradual mas bem percetível. Em Vila do Conde, na zona industrial da Varziela, os comerciantes chineses já vão reabrindo os seus armazéns, cumprindo as devidas normas sanitárias. À Agência Lusa, o proprietário de um armazém de calçado e de uma agência de viagens, Hau Chen, diz que a retoma prossegue com “otimismo”.

A comunidade ali em Vila do Conde decidiu fechar as lojas e os armazéns “ainda antes de ser decretado o estado de emergência” em Portugal, lembrou. Houve desde logo a iniciativa de se protegerem e isolarem em casa, o que ajudou a que não houvesse “contágio de Covid na comunidade chinesa no norte de Portugal”.

Uma outra boa novidade é que o comerciante diz que não sentiu discriminação pelo facto do novo coronavírus ter tido origem na China. “Vivo em Portugal desde a minha infância e tenho cá muitos amigos que me telefonaram regularmente a perguntar se estava tudo bem comigo e com a família. Nunca senti discriminação”.

Em Vila do Conde residem e trabalham cerca de 1500 cidadãos chineses, sendo que a esmagadora maioria está na zona industrial da Varziela, onde gerem cerca de 200 armazéns. É o maior centro empresarial chinês em território nacional.