Adiamento dos Jogos Olímpicos deixa sonho de Catarina Monteiro em suspenso por um ano

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Ana Catarina Monteiro tem 26 anos e é atleta do Clube Fluvial Vilacondense. A nadadora apurou-se, no ano passado, para os Jogos Olímpicos que iam decorrer, este verão, em Tóquio no Japão mas que, devido à situação atual, foram adiados para o próximo ano. Para Catarina, este é mais um ano de preparação.

O momento em que tocou na parede “foi um dos momentos mais marcantes da minha vida”, conta Catarina, que nasceu na Póvoa de Varzim, mas desde cedo foi residir para a cidade vizinha. A atleta vilacondense há muito que lutava pela presença nos Jogos Olímpicos e realizar esse sonho na presença da família tornou o momento indescritível: “Tinha uma piscina inteira a puxar por mim porque foi cá no decorrer de um campeonato nacional. Não consigo descrever em palavras aquele momento”, recorda Catarina quando atingiu os mínimos para garantir lugar nos Jogos 2020.

Em 2016, Catarina esteve muito perto de alcançar o sonho de ir aos Jogos no Rio de Janeiro, mas só três semanas antes percebeu que não ia. Foi operada a meio de setembro desse mesmo ano e desde aí que fixou o objetivo de conseguir uma vaga no comité de ida ao Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, objetivo cumprido no ano passado.

“Senti o chão a fugir-me”

Devido à pandemia da Covid-19, os Jogos Olímpicos de 2020 foram adiados para o próximo ano. Catarina diz estar, de certa forma, tranquila com a situação. No início da pandemia, o futuro dos jogos era ainda incerto pelo que a primeira notícia previa que se estes não se realizassem na data e local previstos, seriam anulados. “Aí senti o chão a fugir-me”, confessa Catarina, acrescentando “Era um objetivo enorme e agora que o alcancei ter de treinar mais quatro anos ia ser muito complicado”.

No entanto, no passado dia 24 de março, o Comité Olímpico Internacional anunciou que os Jogos foram adiados para 2021. Para Catarina, este foi um motivo de alívio: “Tendo em conta a situação atual, o adiamento dos jogos é a única solução possível. É preciso perceber que a saúde está em primeiro lugar”. A atleta vila-condense encara ainda a situação de adiamento por um ano como uma mais valia: “Temos de ver as situações sempre pelo lado positivo. Assim, tenho mais um ano para me preparar”, diz.

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