Iniciativa Liberal/Vila do Conde condena prolongamento da concessão à Indaqua

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O núcleo de Vila do Conde a Iniciativa Liberal acusa Vítor Costa, presidente da Câmara Municipal, de tentar “enganar os vilacondenses com uma benesse parcial, de curto prazo” com o 4º aditamento ao contrário de concessão com a Indaqua. Num comunicado lançado na quinta-feira, o partido afirma que a “alteração ao contrato condena os vilacondenses a mais 10 anos de um mau contrato”.

A Iniciativa Liberal refere-se a uma das cedências da autarquia com vista à redução do preço da água, que aumentou a concessão até 2058. O núcleo relembra que, durante estes 10 anos adicionais, há “aumentos programados”.

Na nota de imprensa, o partido diz ainda que a “negociação socialista” vai levar a “mais custos a prazo para os vilacondenses”, porque “entre a eliminação do plafond de água para rega, aumentos de tarifário no consumo da autarquia e abdicação de rendas contratuais, a autarquia terá mais custos e menos receitas, cujo saldo ascende a mais de 15 milhões de euros”,

Diz também que “todos os utilizadores pagam saneamento, independentemente de se verificar a disponibilidade da rede fixa de saneamento” e que as alterações implicam “aumentos extraordinários para todo o comércio e indústria, podendo em alguns casos atingir os 16%, acima do aumento que teriam normalmente no fim deste ano”.

“O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita”, cita a Iniciativa Liberal, acrescentando que “um contrato que nasce torto, pelas mãos socialistas, fica ainda mais torto, por outras mãos socialistas”.

O presidente da Câmara de Vila do Conde anunciou, em junho, uma redução no preço da água de até 35% para cerca de 33 mil consumidores domésticos vilacondenses, entre outras medidas. Recentemente, no final de outubro, a autarquia avançou que “tudo fará” para que a redução “possa já ter efeito” no próximo mês de dezembro.

Na noite  de quinta-feira, teve lugar a sessão extraordinária da Assembleia Municipal onde foi aprovada a proposta do executivo que prevê a redução de uma média mensal de 12 euros a partir da fatura de dezembro para cerca de 33 mil consumidores que utilizem até 10 metros cúbicos por mês.